segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Cotas Raciais

Descrição para cegos: a ilustração traz a hashtag #CotasSim escrita em letras pretas. O fundo da imagem é da cor cinza.
Foto: Jude Alves

As cotas raciais são utilizadas para amenizar as desigualdades sociais, econômicas e educacionais que existem em determinados países. O país pioneiro na adesão ao sistema de cotas foi os Estados Unidos, que em 1960 tomou medidas para tentar diminuir a grande desigualdade que havia entre negros e brancos. Aqui no Brasil só a partir do final da década de 90 foi que esse assunto entrou em pauta, começou a ser discutido e foi posteriormente posto em prática. A primeira instituição de ensino no país a adotar tal medida foi a Universidade de Brasília (UNB), que em junho de 2004 abraçou a bandeira das cotas raciais, servindo de modelo e apoio para a adesão de outros centros de ensino superior.
O sistema aqui no Brasil, além de beneficiar os negros, também reserva uma parte das vagas para os indígenas e seus descendentes. Em algumas universidades, pessoas pardas também usufruem do benefício. Para uma pessoa ser beneficiada, além de assinar um termo em que ela autodeclara sua raça, às vezes é necessário também passar por um tipo de entrevista. E é essa entrevista que gera uma grande polêmica: O fato de decidir de qual raça o indivíduo pertence. O assunto acaba deixando brechas para muitas discussões.

De acordo com o Ministério da Educação (MEC) em um levantamento realizado em 2013, após a implantação das cotas para os estudantes que cursam ou que já concluíram o ensino superior, o número de pardos subiu de 2,2% para 11%, e de negros de 1,8% para 8,8%. Ficando atrás apenas da Nigéria, o Brasil tem a segunda maior população negra do mundo e é incontestável todo o déficit que o país tem com essa classe historicamente desfavorecida. E mesmo não sendo vista por todos como uma ação positiva, as cotas raciais entraram sim em vigor no Brasil e já estão dando resultado. Os opositores servem para mostrar que o preconceito no país existe e se apresenta mascarado. 
(Jude Alves)

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