sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Educação das relações étnico-raciais na rede municipal de educação de Goiânia-GO - resenha


Descrição para cegos: a imagem mostra Tainara Jovino, ela está sentada e sorri para a câmera. Ao fundo, estão uma praia e algumas palmeiras.
Por Jullyane Baltar

Dentro do tema Educação em Direitos Humanos e Educação das Relações Étnico-Raciais: Desafios para a Promoção da Igualdade, Cidadania e Democratização do Espaço Escolar, a mestranda em Direitos Humanos pela Universidade Federal de Goiás, Tainara Jovino, apresentou sua pesquisa com abordagem específica em Educação das Relações Étnico-Raciais no contexto da Rede Municipal de Educação de Goiânia, no VIII Seminário Internacional de Direitos Humanos da UFPB, realizado de 8 a 12 de dezembro do ano passado.
Durante a pesquisa de campo, ela foi orientada pela Secretaria Municipal de Educação de Goiânia a procurar a Escola Municipal Marcos Antônio Dias Batista, que estaria trabalhando com a perspectiva da lei 10.639/11.645, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena” nas Escolas de Ensino Fundamental e Médio brasileiras.


       O foco de sua pesquisa foi saber como essa lei estava sendo aplicada e desenvolvida dentro da escola, buscando descobrir quais os significados, os valores e as representações que são feitas sobre essas culturas. E, por fim, se os métodos utilizados estavam apresentando resultados positivos, se estavam atendendo às diretrizes para as quais foram propostas, tais como: promover a superação do racismo e depois suscitar a igualdade entre os indivíduos. Isso avaliando, principalmente, se essa educação desenvolvida está surtindo efeitos significativos no combate à discriminação de raças.
       Algo que me surpreendeu negativamente foi o fato de Tainara só ter encontrado uma única escola no município todo, que aplicasse a lei 10.639/03, apesar de sua reformulação ter acontecido em 2008 com a inclusão dos povos indígenas passando a ser lei 11.645. E positivamente, foi a forma como a mestranda conduziu a pesquisa para obter os resultados, fazendo uso da metodologia etnográfica, que lança mão da observação direta e mais abrangente da realidade, através da percepção de falas, comportamentos, produção de textos, desenhos com os alunos, entrevistas com os professores e observação das relações de poder em todo o contexto escolar.

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