quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Empoderamento negro no VMA

Descrição para cegos: logo da premiação formado por 3 linhas cinzas horizontais como se fossem a primeira parte da letra M estendida, formando o logotipo da MTV em cada uma delas. Sobre essas linhas, está escrito em preto Video Music Awards, sendo que a primeira palavra vaza para fora da linha.

Por Carmem Ferreira

         No último domingo aconteceu o Video Music Awards 2016 (VMA 2016). O evento da MTV escolheu e premiou os melhores vídeos do mundo da música em uma festa que contou com apresentações de diversos artistas.
Rihanna foi a grande homenageada da noite. A cantora de Barbados recebeu o Michael Jackson Video Vanguard Award, por sua carreira e videografia. Rihanna apresentou-se no palco quatro vezes, trazendo, em cada performance, seus maiores hits. Importante apontar que todas as pessoas que anunciaram Rihanna foram personalidades negras como, por exemplo, a modelo Naomi Campbell e o cantor Drake.
Beyoncé foi outro grande destaque. Ela fez uma apresentação de aproximadamente 15 minutos com músicas do seu álbum áudio visual Lemonade, que traz diversas críticas sociais e prega o empoderamento negro feminino. Ao encerrar sua apresentação, Beyoncé e suas dançarinas formaram o símbolo do feminino. Além disso, dos 11 prêmios a que a cantora foi indicada, levou oito para casa, tornando-se, assim, a maior vencedora do VMA, com 23 prêmios no total.

Alicia Keys apresentou o prêmio de Melhor Clipe Masculino, porém, antes de revelar o vencedor da noite, a cantora fez uma homenagem a Martin Luther King, já que naquela data (28 de agosto) é aniversário do discurso “I Have a Dream” do ativista político. Alicia ainda aproveitou o espaço para pedir a equidade de gênero, reforçando que não devemos nos entregar ao ódio e afirmando a necessidade da igualdade de gênero no mundo.
O VMA 2016 não foi uma simples premiação de entretenimento. A premiação trouxe visibilidade aos artistas e, especialmente, para as mulheres negras. De 17 categorias, 12 foram ganhas por artistas negros (ou por músicas que tinham sua participação). Além disso, as mulheres negras, que são extremamente invisibilizadas e silenciadas, tiveram voz e foram protagonistas, mostrando que é possível uma premiação trazer representatividade e empoderamento negro, e não apenas premiar e enaltecer artistas brancos.


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