domingo, 17 de setembro de 2017

Racismo em Marly-Gomont


Descrição para cegos: foto promocional do filme mostra Seyoko, esposa, filho e filha em uma rua de Marly-Gomont. Pai e mãe seguram guarda-chuvas abertos.

Por Luana Silva

Seyolo Zantoko é um jovem médico do Congo formado na França. Pensando em estabelecer-se no país junto com sua família, resolve trabalhar em uma pequena cidade chamada Marly-Gomont. No entanto, algo impede que sejam bem recebidos naquele lugar: a cor de sua pele. Essa história aconteceu nos anos 70 e inspirou o filme Bem-vindo à Marly-Gomont, do diretor Julien Rambaldi, lançado em 2016.
O povoado ao norte da França estava há algum tempo sem médico. Por ser uma área rural, poucos profissionais se dispunham a trabalhar lá. Seyolo chega ao local bastante entusiasmado com seu novo emprego e aguarda ansiosamente os primeiros pacientes.

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Indígenas e o sistema carcerário

Descrição para cegos: A advogada Viviane Balbuglio falando em um microfone.


O sistema prisional brasileiro não dispõe de dados objetivos sobre indígenas encarcerados. O problema foi denunciado por Viviane Balbuglio, em entrevista ao site Artigo 19. As denúncias surgem em uma pesquisa que buscou informações nas secretarias de segurança pública dos estados. Viviane Balbuglio é advogada e integrante do Instituto Terra, Trabalho e Cidadania(ITTC). A pesquisa revelada na entrevista diz que não há praticamente o registro de dados desagregados em aspectos relevantes, como os que se referem ao povo, aldeia ou língua, limitando o registro da identidade indígena apenas à declaração da cor no momento da prisão. Confira a entrevista na integra aqui. (Elthon Cunha)

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Mulheres negras: o racismo que atravessa gerações

Descrição para cegos:
  ilustração de uma
 jovem  negra,
caminhando,  com
 o punho cerrad

Em um artigo publicado no site Le Monde Diplomatique Brasil, o historiador Evanildo Barbosa da Silva e a socióloga Rachel Barros discutem a transmissão geracional do racismo e da desigualdade no Brasil, especialmente entre as mulheres negras. Os autores destacam que essas mulheres são submetidas a violações de direitos que ultrapassam gerações, como condições de trabalho precárias, falta de acesso à saúde, encarceramento e menor expectativa de vida em relação às mulheres brancas. Leia o artigo completo aqui. (Luana Silva)

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

É tudo culpa de Portugal

Descrição para cegos: foto mostra integrantes do bloco Filhos de Gandhy concentrados para desfile. Eles vestem fantasia composta por lençol costurado nas laterais, turbante feito de toalha de banho, e colares, azul e branco, cruzados no corpo. Ao fundo, vê-se um prédio antigo.

Por Jéssica Soares

É tudo culpa de Portugal
Misturaram os povos do meu país
E minha identidade foi se fragmentando e perdendo forças

É tudo culpa de Portugal
Meu agogô, meu berimbau,
hoje são confundidos no carnaval
Então eles vestem uma camiseta que chamam de abadá,
mas eles sabem mesmo o que é um abadá?
E nessa festa que se apropriam da minha cultura
eu vou perdendo o meu axé
Agora estou fora da corda vendo eles deturparem minha cultura

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Evento discutiu genocídio da população negra na Paraíba

Descrição para cegos: foto do procurador José Godoy olhando para a câmera. Atrás dele há um painel onde se vê repetida a sigla MPF.

Para cada branco assassinado, morrem 29 negros no estado. Este e outros dados estão na carta resultante do I Seminário Paraibano Sobre o Genocídio da População Negra e Políticas Educacionais. O evento foi promovido pelo Comitê Interinstitucional de Monitoramento e Avaliação das Políticas Públicas e ao Enfrentamento do Genocídio da População Negra em parceria com o Ministério Público Federal. O objetivo do seminário foi fomentar o debate dando voz aos movimentos sociais, mobilizando todos que possam contribuir nessa ação. Na quarta e na quinta-feira foram realizadas palestras que proporcionaram um panorama geral do assunto sob variados pontos de vista. Ouça a reportagem que Luciana Duarte fez para o Espaço Experimental, programa que vai ao ar todos os sábados às 9 horas, na Rádio Tabajara AM (1.110 KHz) produzido pela Oficina de Radiojornalismo do Curso de Jornalismo da UFPB. (Jéssica Soares)

Vereador de Salvador veio à Paraíba discutir o genocídio do povo negro

Descrição para cegos: foto do vereador Sílvio Humberto sorrindo para a câmera.

Sílvio Humberto também é professor da Universidade Estadual de Feira de Santana e Presidente Emérito do Instituto Cultural Steve Biko. Ele foi um dos convidados do II Seminário Paraibano sobre Genocídio da População Negra e Políticas Educacionais. Em sua palestra, Sílvio destacou o caráter estruturante do racismo na sociedade e a força do poder de consumo na exclusão da população negra. O vereador afirmou que o enfrentamento do genocídio negro é uma questão de escolha política, tal qual a solução da corrupção. Ouça a reportagem que Danielle Mendes fez para o Espaço Experimental, programa que vai ao ar todos os sábados às 9 horas, na Rádio Tabajara AM (1.110 KHz) produzido pela Oficina de Radiojornalismo do Curso de Jornalismo da UFPB. (Jéssica Soares)


segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Professor questiona descaso com o trabalho acadêmico do cientista negro

Descrição para cegos: foto do professor Antônio Baruty olhando para a câmera. Atrás dele há dois banners, podendo-se distinguir no que está à sua esquerda a identificação do Neabi-UFPB

A palestra de abertura do II Seminário Paraibano sobre Genocídio da População Negra e Políticas Educacionais foi proferida por Antônio Baruty Novaes. Nela, o professor expôs a insuficiência de pesquisas sobre a história da população negra. Segundo ele, é necessário mudar a forma como a população negra é abordada nos estudos. O palestrante afirmou que a falácia do negro que só plantou cana faz sumir as primeiras contribuições acadêmicas feitas por esse grupo racial. Ouça a reportagem que Marina Cabral fez para o Espaço Experimental, programa que vai ao ar todos os sábados às 9 horas, na Rádio Tabajara AM (1.110 KHz) produzido pela Oficina de Radiojornalismo do Curso de Jornalismo da UFPB. (Jéssica Soares)

Seminário discutiu genocídio físico e simbólico da população negra

Descrição para cegos: foto do professor Danilo Santos olhando para a câmera.

A sessão aconteceu durante o I Seminário Paraibano sobre o Genocídio da População Negra e Políticas Educacionais, realizado quarta e quinta-feira. O tema do debate foi Genocídio da População Negra: da força da expressão à expressão da força. Participaram da mesa Danilo Santos, pesquisador do Núcleo de Estudos e Pesquisas Afro-brasileiros e Indígenas da UFPB, o Neabi; Estela Bezerra, deputada estadual do PSB da Paraíba; e Renato Roseno, deputado estadual do Psol do Ceará. Danilo também é professor de História e ativista do movimento social negro. Em sua exposição, ele destacou a intencionalidade genocida que agride a população negra de forma física e simbólica. Segundo Danilo, esse genocídio tem relação com o racismo institucional. Ouça a reportagem que Douglas de Oliveira fez para o Espaço Experimental, programa que vai ao ar todos os sábados às 9 horas, na Rádio Tabajara AM (1.110 KHz) produzido pela Oficina de Radiojornalismo do Curso de Jornalismo da UFPB. (Jéssica Soares)

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Falta de políticas públicas aumenta o extermínio de jovens negros

Descrição para cegos: foto da vereadora Sandra Marrocos sorrindo para a câmera.

Na quarta-feira 23, o tema Extermínio de Jovens Negros em João Pessoa foi discutido no Centro de Ciências Sociais Aplicadas da UFPB. A palestra fez parte do II Seminário de Protagonismo Juvenil: Violência, Direitos e Políticas Públicas. O debate objetivou uma reflexão sobre as ações que podem reduzir os índices de homicídios de jovens negros. Foram citadas, como ações necessárias, a criação de um marco regulatório para essa juventude, a adoção de política cultural como ferramenta de transformação e a adoção da escola em tempo integral. Segundo Sandra Marrocos, uma das palestrantes, a ausência de políticas públicas aumenta os indicadores negativos que afetam os jovens negros. Além da vereadora do PSB, participou do debate Olivânia Maria, da Fundac, a Fundação Desenvolvimento da Criança e do Adolescente. Ouça a reportagem que Maria Clara Lima fez para o Espaço Experimental, programa que vai ao ar todos os sábados às 9 horas, na Rádio Tabajara AM (1.110 KHz) produzido pela Oficina de Radiojornalismo do Curso de Jornalismo da UFPB. (Jéssica Soares)